Novo Blog  - Terpsí Teatro de Dança


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A Terpsí Teatro de Dança através do projeto “Terpsí em Obra(s)” apresenta o espetáculo “Ditos e Malditos: Desejos da Clausura”.

Ditos e Malditos: DESEJOS DA CLAUSURA




Estréia: 18 de Junho - 19h30 - Entrada Franca

Data: De 18 de junho a 09 de julho - quartas-feiras, sábados e domingos 
Horário: Sempre às 19h30
Ingressos no local: R$ 20,00 inteira ou desconto para estudantes e idosos
Local: Teatro do Museu do Trabalho.
Duração do espetáculo: 50’

O Projeto Terpsí em Obra(s) foi contemplado com o Programa Municipal de Fomento ao Trabalho continuado em Artes Cênicas para a cidade de Porto Alegre 2010. Estréia com entrada franca e demais dias R$ 20,00 com desconto para estudantes e idosos.


Sinopse do espetáculo: “DITOS MALDITOS: Desejos da Clausura” é o novo processo de pesquisa e criação da Terpsí Teatro de Dança que recebeu o Prêmio FUNARTE de Dança Klauss Vianna 2008. Refere-se às inquietudes sobre o amor, solidão, poder e morte que perpassam as obras de escritores e artistas considerados malditos como: Jarry (Ubu Rei), Beckett (A Cadeira de Balanço), Alan Poe (O Corvo), Caio Fernando Abreu, Augusto dos Anjos, e interferência de Sartre, Duchamp e Van Gogh. A proposta busca enfocar a ambigüidade dos personagens que é desvendada a partir do olhar do observador. “Desejos da Clausura” surgiu dos desejos da própria Terpsí Teatro de Dança e dos espectadores que colaboraram durante a Instalação Coreográfica em 2008/2009. Dessa forma foi surgindo a imagem de desejos congelados em um frigorífico que evidenciam o paradoxo entre, o congelar para preservar e o congelar para destruir salvaguardando a morte que serve de alimento para a vida. Através de alguns “ditos populares” busca-se o alívio para justificar o maldito e o não dito que se apresenta por meio de metáforas. Assim como BECKETT diz: “Mais uma vez...”. POE diz: “Nunca mais!”. Quando nos percebem ou nos percebemos malditos? Existe um maldito limite que nos enclausura em um não dito? Qual o seu desejo?



FICHA TÉCNICA:
- Intérpretes Colaboradores: Angela  Spiazzi, Gabriela Peixoto, Raul Voges, Edson Ferraz, Gelson Farias, Francine Pressi.
- Participação Especial: Suzana Schoellkopf
- Direção e Concepção: Carlota Albuquerque
- Orientação de Ensaios e professora Convidada: Simonne Rorato
- Preparação Física: Anjos do Corpo
- Criação de Luz: Guto Greca e Bathista Freire
- Trilha incidental: Alvaro Rosacosta
- Trilha pesquisada: Terpsí Teatro de Dança
- Figurinos: Anderson de Souza
- Cenário: Terpsí Teatro de Dança. Coordenação do cenário e criação da escada: Raul Voges
- Cenotécnico: Paulinho Pereira e Luiz Paulo Cardoso
- Assistentes de Montagem e Palco: S.O.S Daughters (Anita, Clara e Joana)
- Montagem e Edição de Áudio: Murilo Assenato
- Operação de Luz: Bathista Freire
- Descrição do Processo de Criação (Caderno Registro): Wagner Ferraz
- Fotógrafo: Cláudio Etges;
- Assessoria de Pesquisa: Processo C3;
- Direção Administrativa: Angela Spiazzi;
- Elaboração de Projetos Culturais: Azzis, projetos, consultores e produtores associados Ltda e Wagner Ferraz – Processo C3;
- Colaboração audiovisual: Elektrola Visual;
- Instalação de arte “Fitos dos Desejos”: Coletivo Arquivo Temporário
- Assessoria de Imprensa: Sandra Alencar;
- Duração do espetáculo: 50’.


Informações: 51- 3228.8774 / terpsi@via-rs.net
Teatro de Museu do Trabalho
Rua dos Andradas, 230, Centro – Porto Alegre/RS/Brasil




Papel de seda, papel de água, papel de mesa

O papel da obra para a permanência

 

                  No auge de seus 24 anos de existência, a Terpsí Teatro de Dança dirigida por Carlota Albuquerque é, para aqueles que não conhecem, uma companhia de Dança Contemporânea, criada em 1987 pela união de alguns artistas gaúchos. Sua trajetória tem sido dedicada, em essência, à pesquisa de uma linguagem única, que resgata as experiências humanas e rompe a barreira que separa os intérpretes da obra, pois eles são a obra. E é nesta vertente que se identifica com a Dança teatral.
            Atualmente contemplada com o primeiro Programa Municipal de Fomento ao Trabalho Continuado em Artes Cênicas para a Cidade de Porto Alegre 2010, o Projeto “Terpsí em Obras” abre suas portas para toda a comunidade artística da região com uma Performance de Lançamento no Teatro do Museu do Trabalho, localizado no Centro Histórico de Porto Alegre.
                O evento que ocorreu no dia 30 de abril de 2011 reuniu não só a Terpsí Teatro de Dança, como também alguns convidados especiais como o músico Vagner Cunha que contou com a participação de Leo Brancht e Rodrigo Panassolo, Elektrola Visual, a Exposição Arquivo Temporário organizada por Anderson de Souza e a colaboração do REDEMOINHO RS – Movimento de Grupos de Investigação Cênica.
                A ideia de obra, como algo em construção, movimentou não apenas a criação desta performance, como à anos vem também movimentando inúmeros artistas e coletivos, que buscam através de um trabalho continuado, garantir sua existência e permanência. Como em um pequeno trecho do texto que a performance trouxe, “… libertamos loucuras em 24 horas que duram 24 anos. Movimentamos um grupo que movimenta espaços de compartilhamento, de continuidade, de resistência, de permanência, que dura 24 anos.”
                O pequeno papel de seda que deu movimento e leveza à performance, contrapondo-se por vezes as imagens do pesado serviço braçal de quem trabalha em uma obra, trouxe muito mais que uma simples reflexão sobre as similaridades entre uma obra em construção e o papel desenvolvido por artistas da região metropolitana de Porto Alegre.  Aqueles que desenvolvem um trabalho continuado em artes cênicas sabem das dificuldades para se manter viva a arte da cidade, e sabem também da importância que tem o incentivo de recursos públicos fornecidos pelos órgãos municipais, estaduais e federais. Lembrando a luta enfrentada durante anos, ao final da performance o REDEMOINHO RS pede a palavra e defende a ideia de que a criação deste edital foi apenas um pequeno passo e de que é preciso continuar lutando para que se tenha cada vez mais recursos. E é nessa luta que, como diz em outro trecho da performance, “movimentamos os nossos para acomodar outros corpos, outras ideias, novos desejos…” .
Francine Pressi
Foto: Anderson de Souza
Foto: Anderson de Souza
Foto: Anderson de Souza