CEC – POSSIBILIDADES
Centro de Estudos Coreográficos Terpsí


Workshop: Dança (aberta) contemporânea

Com Virgínia Souza / SP


Dia: 04 de outubro 2010 /2ª - feira
Horário: 09 às 12 horas - O workshop terá duração de três horas.
Local: Teatro Renascença - Avenida Érico Veríssimo, 307, Menino Deus, Porto Alegre / RS

Atividade gratuita!

Inscrições em: www.terpsi.com.br


Introdução:
Através de jogos teatrais e exercícios de improvisação o workshop incentivará a experimentação artística de cada participante. É importante identificar as habilidades e qualidades de movimento de cada um, tentando unir o conhecimento que possuem, com as possibilidades da dança. Essas aulas serão abertas para qualquer pessoa, sendo com ou sem deficiência, tendo experiência em dança ou não. Para a danca contemporânea o importante são os caminhos de adaptação e descoberta de possibilidades que o dançarino encontra. Entendemos que recebendo os devidos estímulos, as pessoas começam a entender melhor o próprio corpo e as maneiras de utilizá-lo artisticamente.

Metodologia:
Este workshop utilizará técnicas de dança contemporânea, especialmente DanceAbility.


Objetivo:
A partir dos exercícios propostos, fazer com que os participantes tenham a capacidade de utilizar a dança como forma de expressão. O objetivo é perceber que não é necessário um tipo físico específico ou uma habilidade pré-estabelecida; as pessoas mantém suas características e descobrem possibilidades, facilidades, dificuldades em sua movimentação e na do outro.


Avaliação:
Esse workshop pode proporcionar uma nova compreensão a respeito de padrões corpóreos e dança. Atualmente existem muitas técnicas de dança reconhecidas pela sociedade, porém, as pessoas nem sempre se identificam e sentem vontade de aprender alguma delas. A dança contemporânea propõe uma aproximação da dança com essas pessoas, fazendo com que alguns estereótipos sejam quebrados e a dança seja vista como uma arte mais próxima e acessível.


Público-alvo:
Pessoas com e sem deficiência, com ou sem experiência em dança.


Virgínia Souza
Formada em Comunicação das Artes do Corpo, com habilitação em Dança pela PUC/SP. Atualmente cursa Pedagogia pela USP. Trabalhou como estagiária de dança por quase dois anos na AVAPE, instituição que oferece serviços para pessoas com deficiência. Apresentou a monografia de conclusão de curso denominada "Corpos singulares e dança contemporânea - um espaco de arte para pessoas com deficiência", com orientação do professor Sergio Basbaum. Participou de workshops sobre técnicas de dança para pessoas com deficiência, como Danceability, com orientação de Neca Zarvos em São Paulo, do Teacher Training com Candoco Dance Company e Summer Course com DV8 Physical Theatre, ambos em Londres, Inglaterra. Trabalhou em projetos da Secretaria Municipal de Educação e da Secretaria de Participação e Parceria como professora e arte-educadora de dança em comunidades menos favorecidas de São Paulo.

Realização:
Terpsí Teatro de Dança
www.terpsi.com.br


Organização:
CEC – Terpsí
Processo C3 Grupo de Pesquisa
Informe C3 Revista Digital
www.processoc3.com


Apoio:
Centro Municipal de Dança
Secretaria Municipal de Cultura de Porto Alegre
Museu do Trabalho


CONTATO E INFORMAÇÕES:
terpsi.contato@yahoo.com.br
(051) 9306-0982 begin_of_the_skype_highlighting (051) 9306-0982 end_of_the_skype_highlighting begin_of_the_skype_highlighting (051) 9306-0982 end_of_the_skype_highlighting

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CEC – POSSIBILIDADES
Centro de Estudos Coreográficos Terpsí


Bate-Papo
DANÇA INCLUSIVA


Bate-Papo com CARLA VENDRAMIN, ELEONORA CAMPOS DA MOTTA SANTOS, VIRGÍNIA SOUZA sobre o 1º Encontro de Dança Inclusiva realizado na Bahia e sobre o Encludança realizado em Portugal. Neste encontro as convidadas dividirão com os presentes, através de relatos e conversas, suas experiências e vivências durante os citados eventos. Mediação Wagner Ferraz.


Dia: 04 de outubro 2010 /2ª - feira
Horário: 19 horas
Local: CEC - TERPSÍ
Museu do Trabalho (sala de dança), Rua dos Andradas, 230, Centro - Porto Alegre/RS - Brasil

Atividade com entrada franca!

Obs.: Interessados em receber atestados de participação devem preencher cadastro no site www.terpsi.com.


Informações:
www.terpsi.com.br
www.processoc3.com
terpsi.contato@yahoo.com.br
51-9306-0982 begin_of_the_skype_highlighting 51-9306-0982 end_of_the_skype_highlighting

CONVIDADAS:


CARLA VENDRAMIN - Mestre em coreografia pela Middlesex University/Londres (2008). Pós-graduada em Dança Cênica, pela UDESC/Florianópolis (2002). Graduada em Fisioterapia pela Feevale/Novo Hamburgo (1997). Professora na escola West Lea (Londres) com crianças do ensino especial (2010). Professora assistente em vários projetos da Companhia de Dança Candoco: Foundation Course (2005-2007), ADAPT Project (2007-2008), Youth Company (2008), Londres.

ELEONORA CAMPOS DA MOTTA SANTOS - Professora Assistente – Licenciatura em Dança – UFPel; Licenciada em Dança – UFBA; Mestre em Dança – Programa de Pós-Graduação em Dança – UFBA; Doutoranda Programa de Pós-Graduação Artes Cênicas-UFBA; Professora de Dança Clássica na Escola de Dança da Fundação Cultural da Bahia – Curso técnico-profissionalizante (2008-2009); Coord. e professora no Projeto de Extensão Poéticas da Diferença – UFBA (2005-2009).

VIRGÍNIA SOUZA - Formada em Comunicação das Artes do Corpo, com habilitação em Dança pela PUC/SP; Cursa Pedagogia pela USP; Trabalhou na AVAPE com pessoas com deficiência. Participou de workshops sobre técnicas de dança para pessoas com deficiência, como Danceability em SP, Teacher Training com Candoco Dance Company e Summer Course com DV8 Physical Theatre, ambos em Londres/Inglaterra. Trabalhou em projetos da Secretaria Mun. de Educ. e da Secretaria de Participação e Parceria como professora e arte-educadora de dança em comunidades menos favorecidas de São Paulo.

MEDIAÇÃO:
WAGNER FERRAZ
- Especialista em Gestão Cultural; Graduado em Dança; Cursa Esp. em Educação Especial; Editor da Informe C3 Revista Digital; Coord. do Processo C3 (www.processoc3.com); Coord. de Projetos e Pesquisa da Terpsí Teatro de Dança. Atou durante 9 anos com o ensino da danç apara pessoas com deficiência física, mental, surdos e cegos.

Realização:
Terpsí Teatro de Dança
www.terpsi.com.br

Organização:
CEC – Terpsí
Processo C3 Grupo de Pesquisa
Informe C3 Revista Digital
www.processoc3.com

Apoio:
Inclusive: Inclusão e Cidadania
Museu do Trabalho

CONTATO E INFORMAÇÕES:
terpsi.contato@yahoo.com.br
(051) 9306-0982 begin_of_the_skype_highlighting (051) 9306-0982 end_of_the_skype_highlighting

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Dança no POA em Cena


Lonesome cowboy



Wagner Ferraz


Precisa ser muito macho


O palco estava todo escuro, o chão preto parecia asfalto, não havia cortinas no fundo, o palco está demarcado como se fosse uma grande caixa de madeira (preta) com mais ou menos 30 cm de altura. Isso levava a compreender que o espetáculo aconteceria dentro desta caixa, mas ao mesmo tempo sobrava um corredor em torno desta que me deixou curioso sobre o que poderia acontecer. Os intérpretes já estavam em cena, o figurino me lembrava algo “militar”, movimentavam-se lentamente e muito bem, havia controle, explicito, dos movimentos que eram extremamente conduzidos. Não havia transição entre diferentes dinâmicas de movimento, mas sim um grande cuidado ao colocar e retirar os pés, e mãos em alguns momentos, do chão.


A iluminação inicialmente me lembrava às luzes de um campo de futebol a noite, fortes e brancas em contrates com o chão preto que me deixou curioso para saber de que material aquilo era feito. Fiquei pensando na foto de divulgação deste espetáculo na revista do POA em Cena, pois nela podia ver um chão todo riscado, imaginei que em algum momento haveria um intervalo e seria colocado um linóleo com muitos riscos pintados.


Para minha surpresa, o linóleo que imaginei não existia, mas sim o chão preto que podia ser “riscado” com a movimentação dos bailarinos raspando no solo. Nossa, naquele momento me senti em êxtase, fiquei encantado com a capacidade de criar a cena através da relação dos corpos com o chão. Então, compreendi por qual motivo os movimentos inicias eram realizados com tanto controle e lentamente, assim evitava-se de “riscar” o chão antes do momento planejado. Muito inteligente!!! Admiro trabalhos que, como costumo dizer, consegue “enganar” o público para poder presentear com uma interessante surpresa.

Conforme os intérpretes corriam, caminhavam, rastejavam, rolavam, se arrastavam pelo chão, desenhos eram traçados no solo mostrando caminhos, linhas, círculos, cruzamentos que formavam um mapa onde estava sendo estrategicamente marcados os caminhos de ataque em uma guerra. Mas ao mesmo tempo, passei a perceber o que está descrito na sinopse do espetáculo, e li as marcas no solo como “machos marcando seu território”. Eram apenas 5 intérpretes em cena, todos homens.


Todos tiram suas camisas se dividem no palco como se fossem dois times, inicia-se um jogo que não consegui entender, mas podia ver clara a disputa, os vencedores, os perdedores, as noções de regras estabelecidas entre eles, as comemorações que resultavam sempre em muitos abraços que são comuns se ver entre vencedores de um time. Mas se abraçavam muitas vezes, e ficavam com os corpos colados...


A luz muda fica amarela, parece que todos se desentendem no jogo, se movimentam, se posicionam se dirigem uns aos outros como se fossem brigar, mas inicia-se uma seqüência de abraços, e o homem apresentado neste espetáculo começa a brincar. O chão vai sendo redesenhado muitas vezes, e o território sendo marcado...


Depois de saídas e entradas em cena onde trocam de roupas e apresentam outras noções de homem através do visual e de ações, percebo que muitos clichês de masculinidade foram apresentados. O óbvio estava presente, eram homens em determinadas situações se apresentando como um macho comumente se comporta, e o que pode levar a deixar dúvida de sua masculinidade. Percebi como clichês...


Falar de algo na cena da dança se utilizando de clichês é extremamente complexo, pois se cai no que já foi realizado muitas vezes por outros coreógrafos, ou se cria algo que conduz a visão do espectador para olhar para algo comum com outro olhar, nesse caso o olhar do criador.


Philippe Saire conseguiu em Lonesome cowboy lembrar e apresentar ações cotidianas ou não da cultura masculina de uma forma difícil de explicar, pois é um resultado dançado e não explicado oralmente. Mesmo assim, vou voltar ao meu tempo de bailarino e fazer o exercício que eu fazia, de tentar explicar em palavras o que eu dançava. Sairé, como eu estava dizendo, reproduzia atividades comuns em cena, porém não percebi simplesmente que algumas imagens foram jogadas na cena através dos corpos dos bailarinos, tudo foi muito bem estruturado e transformado em coreografia. Mas, ao mesmo tempo, essas imagens colocadas em cena não foram extremamente alteradas para se poder dizer que “um movimento cotidiano virou dança”. O coreógrafo se utilizou muito bem dos clichês.


Confesso que fiquei confuso, mas também posso dizer que foi uma encantadora confusão, algo muito difícil de coreografar, pois os movimentos que suponho que foram resultantes da pesquisa de movimento estavam na cena, a coreografia foi desenvolvida através desses movimentos. Ok! Tudo bem, porém mais uma vez o coreógrafo conseguiu “me pegar”, me deixando várias dúvidas que me permitiam fazer minhas leituras sobre a obra. Para mim isso é coreografar!!! Plantar dúvidas que ao mesmo tempo são certezas, mas não são explicitas e nos permitem fazer diferentes leituras.


Onde estava a coreografia? Onde estavam os movimentos pesquisados? Não conseguia separar um do outro, e isso permite perceber que a obra não foi produzida em 2 ou 3 dias, mas durante um “longo” processo de pesquisa e experimentação.

Os homens/intérpretes se beijam, ficam sem camisa, usam saia (kilt), bebem cerveja, se enfrentam, brigam, e o território vai sendo demarcado no solo com seus movimentos. Até o momento em que todo aquele material que cobre o chão é espalhado novamente deixando o solo liso e negro. Mas ao final todo o material preto que recobre o chão e permite que as marcas sejam feitas é retirado pelos intérpretes ficando apenas o linóleo que estava escondido abaixo.

Dois homens brigam até a exaustão com uma linda movimentação! Caem no chão e pode-se ver a corpos pulsando com a respiração ofegante. Quem já dançou pode imaginar que este espetáculo exigiu muito deles, exigiu força, como dizem “precisa ser muito macho” apesar de não gostar muito dessa frase.

Então, ao final do espetáculo entre as dúvidas que me restaram, pois muitas me foram respondidas durante a apresentação, ficou: Será que o coreógrafo exigiu tanto dos intérpretes quanto a sociedade exigem dos homens para corresponderem aos modelos representacionais de masculinidade?


Seja lá o que for que tenha movido todos os envolvidos nessa criação, o que se pode perceber na cena é um trabalho de qualidade, com muitas informações, dedicação e uma dança que me faz querer continuar acreditando na arte!

*
Wagner Ferraz: Especialista em Gestão Cultural e Graduado em Dança; Editor da Informe C3 Revista Digital; Coordenador do Processo C3 Grupo de Pesquisa (www.processoc3.com); Coordenador de Projetos e Pesquisa da Terpsí Teatro de Dança.

Disponível em: http://poaemcena.blogspot.com/2010/09/wagner-ferraz-lonesome-cowboy.html

Acessado em: 14/09/2010




Bazar de Fotos de Antonio Carlos Cardoso




CEC TERPSÍ - Oficina Júlia Emília



Foto: Wagner Ferraz



Foto: Wagner Ferraz






Foto: Wagner Ferraz





Foto: Wagner Ferraz





Foto: Wagner Ferraz





Foto: Wagner Ferraz






Foto: Wagner Ferraz





Foto: Wagner Ferraz





Foto: Wagner Ferraz





Foto: Wagner Ferraz






Foto: Wagner Ferraz





Foto: Wagner Ferraz






Foto: Wagner Ferraz






Foto: Wagner Ferraz






Foto: Wagner Ferraz






Foto: Wagner Ferraz






Foto: Wagner Ferraz